Diagnóstico Nacional da Educação

Uma análise do ensino remoto em 2020

O Diagnóstico Nacional da Educação

O Diagnóstico Nacional da Educação é a maior pesquisa feita ao longo do período de suspensão das aulas presenciais no Brasil. Realizado entre maio e setembro de 2020, o Diagnóstico  contou com a participação de cerca de 17 mil professores e 150 mil pais de alunos matriculados em 400 escolas particulares de todo país. 

No estudo foram avaliados aspectos relativos à eficiência e à funcionalidade do ensino remoto, sob o ponto de vista dos pais, professores e gestores. Apresentamos a seguir, com exclusividade, os resultados finais do Diagnóstico Nacional da Educação - um retrato completo deste período singular da Educação Básica brasileira.

Dados Gerais da Pesquisa

escolas
professores
famílias
estados
12231123
+
6
mil
+
100
mil
10

O perfil dos alunos e o que pensam os pais

Os alunos são, sem dúvida, o centro do processo educacional. E, neste sentido, foram dos mais impactados com a adoção do ensino remoto. Eles tiveram não apenas suas rotinas alteradas, como também foram obrigados a alterar sua relação com o aprender. A maior parte dos pais participantes do Diagnóstico tem filhos matriculados no Ensino Fundamental 1 (EFI), sendo quase 2/5 dos participantes pertencentes a este segmento. Além disso, a maioria dos alunos, cerca de 47,5%, são de escolas de porte médio (com entre 201 e 650 alunos).

Qual o segmento no qual seu filho está matriculado?
Qual o tamanho das escolas participantes?

72,3% das famílias entrevistadas pelo Diagnóstico afirmaram que tiveram redução de renda ao longo da pandemia. Esta é uma informação importante para que possamos compreender o tamanho do desafio enfrentado pelas escolas. Em um cenário de tantas incertezas, foi uma tarefa árdua para boa parte das escolas equilibrar sua saúde financeira com um olhar empático para as dificuldades que os pais também estavam passando.

Em função da pandemia, o responsável financeiro pelo aluno teve redução de renda?

Desde o início da suspensão das aulas, nós do Escolas Exponenciais apontamos, em diversos momentos (através de artigos e webinars), que essa crise poderia ser uma oportunidade para que as escolas pudessem se aproximar das famílias e estabelecessem relações de confiança com elas, de modo que, superado este período, as instituições pudessem sair mais fortalecidas. Pois foi justamente essa uma das principais conclusões do Diagnóstico.

Para duas em cada cinco famílias, as ações adotadas pela escola dos seus filhos ao longo da pandemia (tanto pedagógicas quanto do ponto de vista de relacionamento) fortaleceram os laços que eles têm com a instituição. E isso não foi um fenômeno isolado ou restrito a um segmento. Em todas as etapas do ensino, os pais demonstraram sentir-se mais próximos da escola durante o período de ensino remoto.

Diante das medidas adotadas pela escola ao longo da pandemia, você diria que sua parceria com a instituição está:

*Pesquisa realizada entre 26 de maio e 19 de setembro de 2020

Apesar disso, a pesquisa apontou também que 9,0% dos pais considera enfraquecida sua relação com a escola. No caso da Educação Infantil, esse número é 50% maior, chegando a um total de 13,7% de alunos.

Este é um resultado esperado, dadas às limitações para a realização de atividades online para crianças nesta faixa etária. Apesar disso, diante de todo o cenário pedagógico, havia uma expectativa de que a realidade pudesse ser ainda pior. Se considerarmos que quase 41% das famílias deste segmento, apesar de tudo, avaliam que o relacionamento está mais forte, temos um cenário pouco desalentador.

O risco da perda de matrículas

Outra pergunta feita às famílias foi sobre a intenção de trocar ou não seus filhos de escola - um índice valioso para escolas que buscam aprimorar seus serviços e aproximar-se cada vez mais dos pais.

Para entender se houve mudança na opinião das famílias em decorrência do período de ensino remoto, primeiro perguntamos a elas se, antes da pandemia, eles tinham a intenção pela troca. Para esta pergunta 91,1% dos pais responderam não.

Porém, com a suspensão das aulas presenciais, houve um receio muito grande de que haveria uma perda significativa de matrículas nas escolas privadas. Havia inclusive um receio de que o sistema público de ensino enfrentasse uma sobrecarga de alunos advindos da rede particular. No entanto, os números do Diagnóstico descartam essa hipótese.

Note que, mesmo a Educação Infantil, mais de 70% das famílias permaneceram fiéis à escola de seu filho
HOJE*, você pensa em trocar ou tirar seu filho de escola?


*Pesquisa realizada entre 26 de maio e 19 de setembro de 2020

Apesar de todos os desafios financeiros e pedagógicos, 78,1% das famílias afirmaram não cogitar trocarem seus filhos de escola. Ao mesmo tempo, apenas 2,3% dos pais estão decididos a fazê-lo. Porém, o principal foco das escolas deve estar na fatia correspondente a 19,6% dos alunos cujos pais disseram que talvez troquem seus filhos de escola.

De forma a detalhar o que pensam as famílias, primeiro perguntamos se tinham ou não a intenção de trocar de escola. Àquelas que disseram que sim ou talvez para a pergunta sobre mudança (21,9% dos participantes) enviamos novas perguntas para identificar qual o principal motivo para a troca (financeiro, pedagógico ou outro) e qual seria a melhor alternativa para resolver o problema apontado.

Em relação ao motivo para a transferência, a maioria dos pais apontou a questão financeira como o principal motivo.

Qual o principal motivo para trocar seu filho de escola?


*Pesquisa realizada entre 26 de maio e 19 de setembro de 2020

Vale dizer que esse número é 16% maior do que o observado em anos anteriores, antes da pandemia. Em 2019, na Pesquisa Escolas Exponenciais, com 480 escolas, 46% das famílias justificavam sua intenção de trocar de escola por motivos financeiros.

É interessante notar que o segmento no qual mais famílias justificaram a transferência escolar por motivos pedagógicos é no Ensino Fundamental 1 (EFI), com 35% dos pais dando esta justificativa. Esse número é 37% maior que o observado na Educação Infantil, por exemplo.

Nesse sentido, podemos levantar uma série de hipóteses para o resultado dos anos iniciais no Ensino Fundamental. O segmento é peculiar em seus dois extremos. Ao mesmo tempo que no 1º e 2º anos os alunos estão em processo de alfabetização - etapa escolar das mais delicadas -, nos anos seguintes, em especial no 4º e 5º ano, os alunos não apresentam ainda a mesma autonomia dos alunos do Ensino Fundamental II. Dessa forma, é provável que as famílias não tenham sido tão compreensivas quanto foram na Educação Infantil em relação às limitações pedagógicas, ao mesmo tempo que cobravam as instituições para que as atividades remotas fossem tão eficientes quanto as do ciclo final do Ensino Fundamental.

Como dito anteriormente, após os pais apontarem os motivos pelos quais querem trocar seus filhos de escola, perguntamos qual seria a alternativa para resolver o problema, seja ele financeiro ou pedagógico.

Assim, um achado importante da pesquisa é que a principal solução para quem tem problema financeiro não é sair da escola, mas sim buscar negociações no valor da mensalidade na própria escola.  Para 40,8% dos pais, este foi o caminho seguido.

Qual a principal solução para o problema financeiro?

Neste sentido, chama a atenção também o percentual de pais que apontam para a migração para o ensino público como alternativa para a troca de escola. Os 18,7% dos pais que apontam para esse caminho correspondem a apenas 2,2% dos alunos das escolas pesquisadas*. Este número contradiz a previsão de muitos analistas que de que a crise financeira levaria muitos alunos da rede privada para a rede pública.

*Como foi feito este cálculo:

Desses, 53,7% dizem que o problema é financeiro.
Desses, 18,7% apontam a escola pública como solução.
21,9%
dos pais cogitam trocar de escola;
0,219 x 0,537 x 0,187 = 0,022 = 2,2%

Do ponto de vista de segmento, é no Ensino Fundamental 1 (EFI) que encontramos o maior percentual de pais dispostos a buscarem uma escola de mensalidade mais barata. Isso mostra um certo desprendimento das famílias em relação à instituição de ensino atual. Para se ter uma ideia, o número de famílias que cogitam buscar uma escola de mensalidade mais barata em função de problemas financeiros é 22% maior no EFI do que no Ensino Fundamental 2 (EFII), por exemplo.

De certa forma, equacionar a questão financeira é um desafio maior para as escolas. Ao mesmo tempo que as famílias passam por dificuldades, as escolas também as enfrentam, tendo de lidar com a manutenção de gastos regulares, especialmente salários, além do aumento nas taxas de inadimplência.

Já do ponto de vista pedagógico, a solução de problemas apontados pelas famílias passam muitas vezes por mudanças ou adaptação de práticas. A partir de uma pesquisa com os pais, é possível identificar que um professor, por exemplo, não está conseguindo tirar as dúvidas dos seus alunos. Com o apoio da coordenação, a escola pode ajudar o docente a reorganizar a estrutura das suas aulas para privilegiar momentos de interação para que os alunos compartilhem suas dificuldades. De maneira geral, quando o problema é pedagógico a escola tem toda a expertise para buscar soluções para a insatisfação das famílias.

Sendo assim, observando as soluções apontadas pelo pais temos insights do que mais os incomodava do ponto de vista pedagógico. Melhorar a metodologia das aulas online é uma demanda de aproximadamente 51% dos pais que reclamam de questões pedagógicas. Já as ferramentas utilizadas geram insatisfação em 37% das famílias.

Vale destacar que os pais que cogitavam trocar os filhos de escola e que apontavam como principal motivação questões pedagógicas correspondem a 6,9% do total. Nesse sentido, o gráfico ao abaixo precisa ser interpretado a partir deste universo. Ou seja, apenas cerca de 1% das famílias (15% dos 6,9%) defendia a suspensão das aulas online e a reposição dos dias parados. Essa alternativa, ao longo do tempo, mostrou-se totalmente inviável diante da extensão da pandemia.

Contextualizando
É importante lembrar que, até meados de maio, grande parte da comunidade escolar cogitava uma volta às aulas ainda no primeiro semestre- alternativa que mostrou-se completamente inviável no decorrer dos acontecimentos.
Sem a possibilidade de aulas presenciais, qual você considera ser a melhor alternativa?
A pergunta sobre alternativas para os problemas pedagógicos foi feita apenas aos pais que disseram querer trocar seus filhos de escola (21,9% das famílias), que em seguida disseram que o principal motivo era pedagógico (31,4% dos 21,9% anteriores, o que corresponde a aproximadamente 6,9% dos pais entrevistados). Dessa forma, para se chegar ao percentual de pais que apontaram cada alternativa, basta multiplicar o respectivo valor do gráfico por 6,9%.

Além de poder justificar a possibilidade de troca de escola em função de motivos financeiros e pedagógicos, os pais tinham ainda a opção “outros” que lhes permitia redigir uma própria resposta. Nesse contexto, para analisar milhares de respostas textuais, utilizamos diferentes técnicas. Partindo da análise de sentenças semelhantes foi possível verificar que, dentre os 14,7% que utilizaram a opção outros, a maioria apontou questões relativas ao relacionamento escola-família. Nesse contexto a palavra “não” e “escola” foram a mais presente nas respostas das famílias.

Um bom número considerou que a intenção de trocar de escolas é uma associação de diferentes fatores, com os termos financeiro e pedagógico aparecendo em associação em cerca de 8% das respostas.

A partir da nuvem de palavras é possível termos um bom descritivo das principais insatisfações apontadas pelos pais.

Dessa análise, em diferentes aspectos, o relacionamento e a comunicação se mostraram fatores decisivos. Podemos dizer que, na maioria dos casos, a escola possui alternativas para tentar reverter a opção dos pais de saírem da escola. 

Quando pensamos em aspectos pedagógicos, ouvindo as famílias é possível fazer adaptações ou mesmo justificar melhor as opções feitas pela instituição, amenizando a insatisfação. Do ponto de vista financeiro, já vimos que os dados apontam que a maioria das famílias preferem renegociar na própria instituição. E, mesmo dentre aqueles que escolheram a terceira opção, dizendo que o problema não era necessariamente, ou apenas, financeiro / pedagógico, percebemos que a insatisfação está diretamente ligada ao relacionamento e à comunicação.

Nesse sentido, podemos dizer que a reação das escolas frente aos desafios da pandemia foram bastante positivos. Aquelas que mais sofreram foram também as escolas que tiveram maiores dificuldades em se comunicar com as famílias, conforme veremos mais adiantes.

Avaliações dos pais

Outro foco do Diagnóstico foi tentar compreender como as famílias avaliaram o desempenho das escolas frente aos desafios das aulas online. Um dos melhores indicadores obtidos com a pesquisa refere-se ao NPS (Net Promoter Score), que é obtido a partir da pergunta: “Qual a probabilidade de você recomendar a escola dos seus filhos para outros pais?”
 
A partir dessa pergunta, as famílias são classificadas em Promotoras, Neutras e Detratoras. O NPS de uma instituição é obtido a partir da diferença entre o percentual de famílias Promotoras e Detratoras.

NPS = % Promotores - % Detratores
Zonas do NPS:
Excelência
Qualidade
Aperfeiçoamento
Crítica
NPS entre 76 e 100
NPS entre 51 e 75
NPS entre 1 e 50
NPS entre -100 e 0

Vale dizer que o Escolas Exponenciais realiza estudos com escolas brasileiras utilizando este índice desde 2018. Em 2019, em um estudo com mais de 200 mil famílias envolvidas, o NPS médio das escolas privadas brasileiras ficou em 64. Esse índice colocas tais instituições um uma zona chamada de “Qualidade”. Esse valor tem se mantido constante desde as primeiras pesquisas do EX em 2018.

Porém, o Diagnóstico Nacional da Educação apontou uma queda neste índice. O NPS médio das escolas brasileiras ficou em 59 em 2020. Esse valor foi obtido a partir de um cenário em que 68% das famílias são promotoras e 9% detratoras. Tradicionalmente, o NPS da Educação Infantil e do Ensino Fundamentai 1 (EFI) é relativamente maior que o dos outros segmentos, reflexo de um grande número de pais promotores e de famílias notadamente mais participativas e próximas da instituição.

NPS médio das escolas privadas
20,9%
22,5%
21,0%
16,9%
5,7%
8,1%
10,7%
10,9%
77,4%
71,0%
66,8%
68,1%
Ensino Fundamental I
Educação Infantil
Ensino Fundamental II
Ensino Médio
64
NPS médio
Promotores
Segmento
Neutros
Detratores
NPS das escolas privadas (2019)
23,1%
24,4%
24,4%
22,7%
9,1%
9,7%
8,1%
8,8%
68,2%
67,2%
67,6%
66,7%
Ensino Fundamental I
Educação Infantil
Ensino Fundamental II
Ensino Médio
Promotores
Segmento
Neutros
Detratores
NPS das escolas privadas (2020)
59
NPS médio

Analisando os dados de 2019 comparados com os de 2020 temos que, a queda na média nacional deve-se especialmente à insatisfação dos pais de alunos da Educação Infantil. No caso do Ensino Fundamental 2 (EFII) e Ensino Médio (EM), por exemplo, o NPS teve até mesmo um pequeno aumento.

Podemos fazer duas leituras desse resultado. Primeiro, que é natural que a insatisfação dos pais da Educação Infantil tenha tenha aumentado, tendo em vista que, esse segmento, por suas especificidades, não conseguiu encontrar formas eficientes para suprir remotamente os serviços educacionais. Nessa faixa etária, para muitos pais, uma das principais funções da escola é “cuidar dos filhos” enquanto eles trabalham. E, essa expectativa não consegue ser cumprida de forma online.

Por outro lado, os números observados para o EFII e o EM mostram que o ensino remoto nesses segmentos foi sim capaz de atender a demanda de grande parte das famílias. Ou, ao menos, as famílias conseguiram reconhecer os esforços das escolas dentro das limitações do momento.

Há, porém, um outro fator já citado e que os dados da pesquisa indicaram ter uma correlação forte com a satisfação das famílias e, consequentemente, com o NPS da instituição: a comunicação escola-família.
Para se ter uma ideia, o NPS de pais que se dizem suficientemente informados sobre o progresso dos seus filhos é de 68, um valor 15% maior que a média nacional. Por outro lado, o NPS de pais que se julgam não informados é igual a 8! São 35% de famílias promotoras contra 27% de detratoras, ou seja, o número de pais falando mal da instituição é quase igual ao número de pais falando bem. 

O mesmo quadro se observa quando as famílias sentem sua participação genuinamente reconhecida pelas escolas. Dentre esses pais, o NPS é de 66, contra um NPS de -21 para as famílias que não acreditam que sua participação seja reconhecida pela instituição. E, sim, o NPS desse grupo é negativo, ou seja, dentre as famílias que julgam que a escola não os ouve, o número de detratores é de 42% contra 21% de promotores. Nesse grupo, temos o dobro de pais criticando a instituição, se comparado ao número de pais que as elogiam.

Você se sente suficientemente informado a respeito das atividades, progressos e desafios cotidianos do seu filho na escola?
Na sua opinião, a escola valoriza genuinamente a participação dos responsáveis?

O que mais chama a atenção nesse resultado é quando colocarmos as duas informações em um mesmo gráfico. Há de se pensar que pais que se sentem informados e que tem a participação reconhecida tenham o melhor NPS, correto? De fato, nessa categoria o NPS é de 70!

Porém, chama a atenção a comparação entre “pais informados que não tem a participação reconhecida” versus “pais não informados, mas que sentem sua participação reconhecida”.

O primeiro grupo pode ser descrito como aquele que se faz presente na vida escolar do filho e está “ligado” em tudo que acontece. Esse pai reconhece que a escola divulga bem as informações escolares do seu filho, porém, julga que a escola não o ouve. Esse responsável sente falta de ter sua voz acolhida pela instituição. Para se ter uma ideia do quanto isso é relevante, dentre esses pais, o NPS é de -4.

Já o pai que não se sente suficientemente informado, mas que acredita que sua participação é reconhecida pela escola pode ser descrito como "um pai que confia na instituição" e que, em função disso, não se preocupa muito com o dia a dia escolar dos seus filhos. O NPS desse grupo é de 27.

Enquanto o pai que não se sente informado e não tem sua participação reconhecida possui um NPS de -30. O número mais baixo dentre todos os NPS levantados na pesquisa.

Pais Informados X Participação reconhecida - NPS
2,9%
5,4%
Não
Não
Distribuição dos grupos de pais em relação ao universo pesquisado
Sim
Sim
10,6%
81,1%
Pais informados
Participação reconhecida

É possível observar ainda outras correlações entre essas duas perguntas, tais como: 

- Dentre o pais que não se sentem informados, há 4x mais famílias decididas a trocarem de escola. Ainda neste grupo, o percentual daquelas que afirmaram que "talvez troquem seu filho de instituição" chega a 40,5%.
- Já dentre os pais que não sentem sua participação reconhecida, 7x mais famílias estão decididas a trocar de escola. Neste grupo, mais da metade (51,2%) talvez troquem de escola, enquanto 10,8% estão decididas a sair da instituição.

Observando esses números, fica evidente que o relacionamento é peça chave na fidelização das famílias. E não é qualquer relacionamento: ele precisa ser trabalhado como uma via de mão dupla, onde a escola seja capaz de se fazer ouvir e, ao mesmo tempo, se organize para ouvir a demanda dos pais, fazendo com que as famílias se sintam parte do processo educacional, e não apenas espectadoras.
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